Capítulo 11


Casa 05 é o setor “da alegria, onde nós nos sentimos livres para ser quem realmente somos”[i], refere-se ao nosso “desejo de sermos notados e reconhecidos por sermos especiais e nossas habilidades de produzir”[ii]. Aqui temos a metodologia, o “como” somos criativos, o “como” geramos, que fica a cargo dos posicionamentos. No meu Mapa Natal não tenho planetas posicionados, mas tenho um ponto cármico que é o Nodo Sul há 02° de Capricórnio (escolhi não ter filhos, mas parece que a decisão já existia antes de vir para a Terra). Podemos começar por escrever sobre a influência de Sagitário há 24° na Cúspide. Lembrando que esta é a Casa Natural de Leão, signo regido pelo Sol. Logo, eu tenho o Sol em Gêmeos na Casa 10 e Ascendente (ASC) em Leão. O regente de Sagitário é o planeta Júpiter, que em meu MN está domiciliado na Casa 09, natural de Sagitário.

Se você não entendeu, fique tranquilo/a, não é aula de astrologia, mas pode começar a pensar na complexidade de um estudo de múltiplas possibilidades para nós nos conhecermos. São detalhes que podem mudar a nossa leitura e compreensão de quem somos, isto se desejamos entender melhor a nossa personalidade. Apresento um de meus comportamentos: “as notáveis franquezas e perguntas embaraçosas, que são peculiares nas mulheres sagitarianas”, conforme explica Linda Goodman (2005, p.313-314)[iii]. Eu realmente consigo piorar uma situação quando procuro consertar “uma verdade”, daquele jeito: “sincera equivocada”, que acabei de falar sem a menor diplomacia. É uma atitude impensada, uma comunicação desajeitada, uma Centaura, que mete a pata, mas não tem intensão de magoar, depois disso não tem mais como reverter e beira a infantilidade no julgamento das pessoas ofendidas… Sim, estou me descrevendo. Pode ser uma virtude dizer o que pensamos com franqueza, mas podemos melhorar nossa forma de ser buscando a polidez e auto-observação, o que é um desafio. Confesso, preciso estar alerta, mas não dá esconder nossas opiniões para pessoas mais próximas e constantes em nossas vidas, talvez seja a ética sagitariana.

Vou compartilhar um exemplo ou dois. Eu me casei aos 27 anos e estava fazendo aulas de pintura com uma professora, que parecia ter uns 40 anos. Meu esposo tinha 44 anos, quando nós nos casamos. Eis que a secretária dele naquela época me pergunta se a minha professora era jovem e eu respondi, ao lado do meu amado esposo: nada, ela é velha, deve ter uns 40 anos. Sem comentários, não é mesmo. Outra das minhas pérolas com o meu consorte (esposo), calma que vem digressão para eu me explicar. Obrigada por sua paciência e compreensão, fique ainda por aqui. Eu gosto da palavra “consorte” para me referir ao “marido” (mar ido, se foi) eu não gostava de dizer “marido”, tinha que ser “mar-vindo” ou “mar-chegando”, ido é passado que não é mais, ironicamente agora ele realmente se foi. Consorte é a palavra certa para quem é sortuda e Sagitário é sinônimo de Sorte com “S” maiúscula, bem ao estilo de Júpiter na regência, que nos leva a expansão, muitas viagens, muitos estudos, muitos Certificados… “But”[iv], voltando as gafes antes de mencionar os interesses filosóficos, tenho mais uma anedota…

Certo dia eu comentei com minha melhor amiga do signo Escorpião, que eu estava interessada no ariano, que seria meu futuro esposo. Disse para ela que ele o homem dos meus sonhos, trabalhador, tinha bom gosto para se vestir, pelos cálculos tinha um signo de fogo e nos meus estudos astrológicos, ele e eu seríamos sempre namorados, contudo precisei completar a fala e dizer para ela: eu só não sei se vou ter estômago para as piadinhas sem graça dele. Pausa… Acredita que ela contou essa história para ele e por sorte já estávamos casados? Claro, eu remendei, disse: meu amor, está tudo bem, estou tendo estômago, pode seguir com as piadinhas, nós estamos nos divertindo muito juntos. Eu até aprendi a repetir as piadas dele e deixar de lado o meu jeito saturniano de ser.

Sim, levo tudo com seriedade, prezo pela segurança e apesar de ter Sagitário na Cúspide é o Júpiter em Touro que dá a ultima palavra. Meu falecido amor ajudou-me a ser mais leve, olha que ele tinha Ascendente em Capricórnio. Admirável homem. As minhas vovós teriam se apaixonado, porque antigamente se dizia que “homem bom é homem que enche as latas”. Minha avó Lucinda reclamava que o vovô farmacêutico, virginiano, estudioso, poliglota, não sabia pegar no martelo. Meu esposo era um faz-tudo, médico de profissão, construtor, engenheiro, cozinheiro, decorador, pacote completo, hoje poderíamos dizer, um homem assim não existe… Curiosidade, só para colocar “cereja no bolo”, por quase 30 anos de casados, meu consorte levou café na cama para mim, com florzinha, tenho testemunhas. Isso foi uma manifestação de adolescência, pois nas novelas e filmes da década de 70 e 80 eu via cenas assim e suspirava imaginando acontecer comigo, estou aqui vivinha para contar.

Bateu agora um certo remorso (que depois libero em meditação Theta), vou aproveitar e fazer uso deste espaço para pedir que me perdoem, todas as pessoas que se sentiram ofendidas por qualquer pronunciamento franco e sincero, talvez equivocado, por minha parte. Linda Goodman diz que as sagitarianas, mesmo usando óculos cor-de-rosa, pois são otimistas Polianas, (advirto: outros aspectos no Mapa Natal negativam esta premissa, fique em paz), geralmente, conseguem ver o mundo tal como ele é. O lado negativo é que se você pergunta por uma verdade, ela dirá tudo e muito mais e pode contar todos os detalhes da situação questionada e nem sempre agradam ao investigador. “A diferença entre ser uma rude Sagitariano ou um brutal Escorpião com as palavras sinceras, é que no primeiro caso se ignora o efeito ao falar e no segundo tem-se consciência do que vai causar”[v].  A má notícia para quem convive comigo é que tenho a Lua em Escorpião, em algumas circunstâncias estou mesmo aprofundando a observação para causar um choque de consciência, jamais poderei julgar a minha amiga, mas confesso que até hoje não entendi o propósito daquele comentário, que para ele nunca foi esquecido!!!

Meu falecido esposo ajudou-me a ser mais educada, mais sutil, mais delicada, a vida também me ensinou, tudo isso foi pedagógico, hoje, aos 58 anos de idade, fico me vendo na imaturidade dos 27 anos (pelo jeito naquele tempo eu seria considerada por mim mesma como “gagá, jurássica, caquética” ou sei lá o que mais), também não quero entrar no açoitamento proporcionado pelo Nodo Sul em Capricórnio, que o percebo presente em minha dificuldade para me divertir. Casa 05, querido/a leitor/a, “é diversão”, mas no meu caso, tudo o que eu faço, até os meus “hobbies”, precisam se associar a algum tipo de ganho, novo aprendizado e suprir os meus interesses de busca filosófica para entender a vida.

Depois dos 18 anos não bebi mais álcool, porque tive um problema sério em uma festa de ano novo em família, bebi vinho branco como se fosse suco de uva, pode? Dançando “Os Paralamas do Sucesso” e outras canções, eu estava me divertindo… Quase provoquei uma tragédia, fiquei em uma espécie de coma alcoólico e eu me lembro de ser ajudada por meu primo mais velho, o querido Leonardo, sou um pouco menos ranzinza do que ele, ou não. A nossa avó Lucinda era bem instintiva, apesar de ter nascido libriana. A Vênus de vovó se rendia a Marte e a explosão era fatal. Se você é meu leitor/a, recorde-se de vovó com a faca atrás do meu pai Ninja pulando da janela há três metros de altura… Se não for, volte no capítulo ou post anterior e conheça esta história.

Bem, depois desse episódio, quando eu saio para festas e restaurantes é só água mineral ou de coco e suco de frutas. Meu esposo também era “barman”[vi], no tempo de faculdade teve alguns bares aqui na cidade, ele sempre foi arrimo de família, responsável. Ele criou um coquetel sem álcool para mim: ¾ de suco de laranja, ¼ de suco de limão adoçado pelo xarope de romã: Granadini e alguma decoração especial, um canudinho, um açúcar nas bordas… Morram de inveja, pelo jeito eu mereço, porque é muita qualidade em um único homem, fale a verdade!!! Agora eu posso contar. Sabe que no século passado, por volta de 1997, eu li num livro: “A Cabala da Inveja”, do Rabino Nilton Bonder, ele conta mais ou menos a seguinte história. Quando um judeu, ao voltar do trabalho, se o seu vizinho pergunta como foram as vendas ele dirá péssimas _ quando foram boas, excelentes _ quando foram baixas. Entendeu como funciona?

Voltemos para as características do Senhor Nodo Sul (talvez eu já tenha mencionado isso em outros posts), pois este ponto no Céu revela que sou “uma alma velha”[vii], que venho para me despojar da frieza capricorniana. Na privativa e reflexiva Casa 04 comentei que meu coração se fechou quando houve a separação de meus pais, isso foi entre os quatro e seis anos. Entretanto, no teatro da vida, perceba, querido/a leitor/a, “abrir-me para a sensibilidade dos outros”[viii] faz parte dos propósitos da minha alma quando escolhi este roteiro e experiências, que me ensinam a desgelar o coração, não julgar as pessoas, abaixando o topete para reconhecer que nem sempre tenho razão, aprendendo a pedir desculpas, admitir minhas fraquezas e aceitar as fragilidades dos outros. Recorro as frases do Hoóponopono e repito: “eu realmente sinto muito…” e intenciono multiplicar os efeitos destas frases em Theta, por um bem maior.

Estou aqui, pensando nas programações ou “downloads” para potencializar e curar este setor… Os “Diggings” também ajudam, mas não precisamos contar tudo, estou aprendendo, já sei…

Eu já sei o que é o perdão na perspectiva mais elevada da Fonte-Deus. Eu já sei quando, como e que é possível perdoar a mim mesma e aos outros com humildade, sem me sentir superior por esta habilidade. Eu já sei a sensação de perdoar a mim mesma e aos outros. Eu já vivo o meu dia a dia sabendo perdoar a mim mesma e aos outros. Eu já sei o que é julgamento na perspectiva mais elevada da Fonte-Deus. Eu já sei viver o meu dia a dia respeitando e aceitando as pessoas como elas são e sem a necessidade de julgá-las. Eu já sei quando, como e que é possível abrir o meu coração para o amor, a fraternidade, para as amizades, sem a necessidade de dramas, sofrimentos e dores intensas. Eu já sei o que é merecimento. Eu mereço ser completa em todos os meus relacionamentos. Eu mereço atrair a minha alma gêmea mais compatível com o meu nível atual. Eu já sei como me tornar a minha melhor versão dia após dia e atrair um companheiro de vida extraordinário. Eu já sei o que é gratidão, eu agradeço o meu dia a dia, a minha vida como ela é e agradeço por estar sempre evoluindo e atraindo sempre as melhores oportunidades, boa fortuna de diversas fontes justas, honestas, mágicas, surpreendentes, por um bem maior de todos. Eu já sei me divertir sem a necessidade de álcool, eu já me divirto por estar viva em corpo físico aqui no planeta Terra. Eu já sei apreciar as coisas boas que eu recebo e que os outros recebem, sem ciúmes, sem inveja, sem a necessidade de cobiça e agradeço por estar aqui e agora neste espaço-tempo onde todos temos a possibilidade de recordar como co-criar a nossa vida desfrutando da nossa conexão com Deus-Criador de tudo o que é-Fonte. Agradeço por esta janela de oportunidade, aberta para todos que ousam acredita.
Eu sinto muito; perdoe-me; querida família-humanidade, eu amo vocês, eu vejo vocês; sou grato/a; eu me perdoo… A L A D I M, apaga, limpa, ascende o Divino em mim. Gratidão, Criador. Está feito. Está feito. Está feito. Sou o/a observador/a. Integro em meus átomos, moléculas e células todos estes programas, da maneira mais elevada da Fonte-Deus, por um bem maior. Aceito. Recebo. Agradeço. (Diga sim e receba estes novos programas para serem integrados em todo o seu ser. Suspire profundamente…)

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Agradeço a sua atenção se chegou aqui e me despeço com todo afeto e carinho!!!

Até breve.

Jacqueline Brasil
 
 


[i] FAREBROTHER, S.M. ASTROLOGIA SEM SEGREDOS: um guia para você aprender Astrologia de modo fácil e eficiente. Trad. Daniel Eiti Missato Cipolla. São Paulo: Pensamento, 2015. (p.143)
[ii] SASPORTAS, H. AS DOZE CASAS: uma interpretação dos planetas e dos signos através das casas. Trad. Mônica Joseph. 16ª ed. São Paulo: Pensamento, 2011. (p.56-57)
[iii] GOODMAN, L. SEU FUTURO ASTROLÓGICO. Trad. Miécio Araújo Jorge Honkis. 30ª ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2005.
[iv] Conjunção adversativa: mas (do inglês: but).
[v] Op. cit. GOODMAN (2015)
[vi] “Barman (feminino barmaid) é uma palavra inglesa que quer dizer homem do bar, e se refere ao profissional que trabalha em estabelecimentos servindo coquetéis (com bebidas alcoólicas ou não) aos seus clientes.” (Fonte: Google)
[vii] BIZEMONT, D. K. ASTROLOGIA CÁRMICA: a Astrologia de Edgar Cayce através dos mapas natais. Trad. Maria Helena Franco Martins. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. (p. 233-234)
[viii] Op. cit. BIZEMONT (1990)
Campos do Jordão SP em 2006 e Florianópolis SC em 2013.

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